Em Manu-Mera, no pico da montanha timorense, há um povo glorioso que resiste à tentação fácil de migrar para a cidade. A sua escola deverá ser a sua janela para o mundo. Vamos reconstruí-la...
19 de Maio de 2014

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publicado por abracarmanumera às 02:53
10 de Maio de 2014

Com os baldes de tinta que foi possível comprar, a fachada da Capela de Nossa Senhora de Fátima já ganhou outra vida.

 

 

 

 

publicado por abracarmanumera às 14:46

 

 

publicado por abracarmanumera às 14:44
03 de Maio de 2014

Fica uma singela homenagem aos rostos e às almas grandes de Manu-Mera

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por abracarmanumera às 07:52

Em Manu-Mera, subsiste uma capela em honra de Nossa Senhora de Fátima.

Construída pelos portugueses, em 1971, possui inclusivamente um sino trazido de propósito de Braga.

Tem vindo a ser inteiramente restaurada pelo Irmão Luís, no seu interior, faltando terminar a recuperação do seu exterior.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por abracarmanumera às 07:44

Quis o povo de Manu-Mera homenagear e acarinhar o Irmão Luís, construindo uma habitação para seu uso pessoal.

Construída de acordo com todos os preceitos tradicionais da Uma Lulik (a Casa Sagrada timorense daquela região), aqui ficam algumas imagens que revelam o carinho, dedicação e empenho desta comunidade unida e plena de dignidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por abracarmanumera às 07:34

 

Irmão Luís de Sousa Coutinho

 

Em 1972, chegou pela primeira vez a Timor-Leste, por sua vontade. Visando o local mais recôndito do antigo império, buscava uma experiência de vida de contemplação, vocacionada para uma espiritualidade e uma reserva que não encontrava em Portugal, assumindo uma ruptura com os hábitos, confortos e as vivências mundanas da metrópole.

 

Pisava solo timorense aos 29 anos de idade, tendo então logo optado por se refugiar dos meios políticos e elitistas da sociedade portuguesa em Díli, buscando nas populações autóctones e nas suas vivências, o seu próprio habitat. Uma ambição desencorajada por quem o reconhecia, querendo-o inserido na sociedade colonial de então, ao contrário da sua ambição de reserva e anonimato.

 

Chegado a um limite de pressão e perante a ameaça de deportação para Portugal, face às opções de vida em que persistia, optou por abandonar Díli, em busca de um isolamento mais efectivo, que o afastasse por completo dos olhares longínquos mas atentos da metrópole.

 

Foi então que, por indicação do Bispo de Díli, Senhor D. Jose Joaquim Ribeiro, partia para as montanhas de Manu-Mera, onde se encontrava uma aldeia liderada por um chefe recém-convertido ao Cristianismo: António Ximenes Verdial.

 

Aí acabaria por encontrar, num dos locais mais isolados, inóspitos e de difícil acesso, nas serranias do distrito timorense de Ainaro, perto de Maubisse, a vivência de reserva que procurava, em busca da sua vocação.

 

Vivendo muito próximo da população local, partilhando de seus parcos recursos, modo de vida simples, longe dos confortos e distrações da civilização moderna, pôde aí encontrar o extremo oposto das suas origens em Portugal, desafiando a sua vocação e a sua fé.

 

Aí viveu por dois anos e meio, saindo de Timor em 1974, por questões de segurança, aquando do início da guerra-civil, e, uma vez mais, a conselho do Bispo de Díli.

 

Contudo, antes de regressar a Portugal, continuaria o processo de aprofundamento da sua fé. Passou então por Israel, a fim de contactar com os irmãos de Jesus do Padre Foucault. Aí, viria a decidir ingressar na congregação que o inspirou, em Setembro de 1975. Desde então, passaria por Espanha (Madrid, Saragoça, Málaga), França (Lion e Toulouse), Argélia, entre outras nações, onde, cumprindo o modo de vida da sua congregação, veio a exercer as mais diversas profissões. Foi operário e artesão, indo ao encontro da vivência profissional de Jesus Cristo, como caminho para uma aproximação à vivência espiritual e contemplativa do Messias. O modo de vida do Filho de Deus, como inspiração na vida diária. Uma vida de contemplação, entre os homens, vivendo a sua vida profissional e espiritual através do trabalho manual, como operário, à semelhança de Jesus. Carpinteiro, pintor na construção civil, ourives, pedreiro, serrelharia civil, agricultura, artesanato para venda de rua, etc. Ao todo, cerca de 25 profissões diferentes que preencheram os seus dias ao longo dos últimos 40 anos.

 

Autorizado pela sua congregação a regressar ao que considera como sendo as suas origens, volta para estar com seus amigos e irmãos, para reatar laços firmados 40 anos antes. Acredita ter uma missão a concluir, que passa por assegurar a reabilitação do edifício da Escola Primária de Manu-Mera, instrumento imprescindível para o desenvolvimento saudável daquela comunidade isolada, onde ainda nada chega.

 

"Mau-Bere-Kohe", foi como o seu povo o acolheu nos anos 70, e como é ainda carinhosamente apelidado, significando algo como, "o timorense viajante".

 

 

 

 

 

 

publicado por abracarmanumera às 06:41

 

Adeus Timor

Eu Portugal me confesso…

 

Mau-Bere-Kohe

 

 

Sinopse:

 

"Adeus Timor é o testemunho de um homem nascido numa família de linhagem nobre que fez voto de pobreza e viajou para Timor, onde viveu junto das populações. Seduzido por aquela terra, pelas suas gentes e pela sua cultura tradicional animista, escreveu esta obra com a intenção de dar a conhecer a cultura tradicional timorense, aproveitando os conhecimentos que adquiriu, entre os idosos, ao longo das suas prolongadas estadias em Timor. Ao mesmo tempo que revela o seu olhar sobre os acontecimentos históricos e a fragilidade humana no mundo da política manifesta o seu amor incondicional a Timor e a Portugal."

 

ENCOMENDAR

 

 

 

publicado por abracarmanumera às 06:01
02 de Maio de 2014

Manu-Mera, ou "Galo Vermelho", localizada perto de Maubisse, no Distrito de Ainaro, Timor, é o nome desta aldeia que, de acordo com a tradição religiosa animista timorense, foi o primeiro animal sacrificado a Lelo (o deus sol) naquela povoação. Assim, e só a partir de então, a comunidade poderia colher e usufruir dos recursos da mãe natureza em seu proveito próprio.

 

 

 

 

 

 

publicado por abracarmanumera às 20:04

 

Depois de uma passagem demorada, cheia de recordações e plena de significado, entre os anos de 1972 e 1974 (cerca de dois anos e três meses), Luís de Sousa Coutinho regressa agora a Timor-Leste, para concluir um capítulo importante, que ficou por cuidar. Mais propriamente da aldeia de Manu-Mera, no distrito de Ainaro, onde reencontrou uma comunidade de amigos que o volta a acolher da única forma como se vê a si próprio, um irmão, o "Irmão Luís".

 

Estará entre essa gente amiga apenas até final do mês de Agosto do presente ano. Veio e estará apenas com um propósito: colocar todos os seus meios em favor daquela comunidade, visando o seu desenvolvimento integrado e o seu bem estar.

 

Não é por acaso que a descrição inicial deste blog é a que é: "Em Manu-Mera, no pico da montanha timorense, há um povo glorioso que resiste à tentação fácil de migrar para a cidade. A sua escola deverá ser a sua janela para o mundo. Vamos reconstruí-la..."

 

Eis, assim, a sua razão de ser em Manu-Mera. Assegurar que, deixando-os em breve, como é inevitável, o fará com o conforto de deixar os dois mais belos instrumentos de suporte ao crescimento da comunidade dos homens: a ESCOLA e a IGREJA.

 

E se à Capela de Nossa Senhora de Fátima, após um trabalho persistente de toda a comunidade, faltará apenas o seu embelezamento exterior, à antiga Escola Primária de Manu-Mera faltará muito mais.

 

Conforme se poderá ver na imagem, apenas resta a estrutura das paredes sólidas, em alvenaria, que a construção portuguesa ali deixou há 40 anos.

 

A Escola Primária de Manu-Mera foi construída entre os anos de 1970 e 71. Obra dos militares portugueses estacionados no Quartel de Maubisse, foi depois gerida pelo 1º Cabo Almor Lopes, um jovem então com apenas 19 anos, vindo de uma família humilde de Trás-os-Montes (Quintela). Oferecendo-se como voluntário para esta obra social e humana, era quem ensinava na escola primária, diáriamente, lá no topo, longe de tudo e todos, a cerca de seis horas a cavalo do seu quartel de Maubisse.

 

 

Com a guerra-civil, a invasão indonésia e a retirada das tropas portuguesas, a escola viria a degradar-se a partir do ano de 1975, não tendo conhecido ocupação por parte de quaisquer autoridades desde então.

 

É este edifício, ainda solidamene erguido, que deseja ver recuperado e em pleno funcionamento, dedicado ao desenvolvimento das crianças de Manu-Mera e da sua comunidade em geral. Um abraço que se quer solidário e inclusivo.

 

Por isso tomou a iniciativa de lançar esta campanha, "Abraçar Manu-Mera", convidando os potenciais doadores a um gesto de esperança e de cumplicidade na plantação desta semente de luz e progresso onde pouco mais chega.

 

Aqui se deixa, em anexo, toda a lista de materiais de que se precisará adquirir em Díli, para levar a bom porto esse desafio, e em tempo útil (até final de Agosto), pelo que todas as doações serão canalizadas para este investimento.

 

 

A obra será feita pelo próprio Irmão Luís, em conjunto com os jovens daquela comunidade, empenhados de alma nesse projecto, pelo qual também anseiam, cientes da sua importância.

 

 

Assim, disponibilizam-se também os números das contas bancárias para onde poderão dirigir os vossos amáveis contributos.

 

Solicita-se que de todos os donativos seja dado conhecimento para o email: manu-mera@sapo.pt , juntando o nome e o contacto telefónico do doador, bem como a quantia da doação e o nome da entidade bancária de origem.

 

Para contributos a partir de Timor:

Conta CGD-BNU Timor - Nº 710399010001

Para contributos a partir de Portugal:
Conta CGD Setúbal - Nº 2092 030021900 / NIB - 0035 20920003002190041

 

Por respeito à dedicação de quantos queiram aderir a esta causa, assegura-se uma publicação amiúde, neste mesmo espaço, dos progressos que for tendo a obra, para que a mesma possa ser acompanhada.

 

Ficando, desde já, os profundos agradecimentos da comunidade de Manu-Mera.

 

 

 

 

 

 

publicado por abracarmanumera às 19:13
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MANUMERA SER UMA TURISTA EM TIMOR.
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REFERENDICIMO para o irmao LUIS. eu agradeco pelo ...
Manu-Mera muito frio tambem portugal.Icu